Cara Lavada

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

 
 
Com a ajuda do Gonçalo :) uma carinha nova para o Ler(-te)
 


Citação

terça-feira, 28 de outubro de 2014

 
 
 
 






Wonderwall

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Today is gonna be the day
That they're gonna throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you gotta do
I don't believe that anybody
Feels the way I do about you now

Back beat, the word is on the street
That the fire in your heart is out
I'm sure you've heard it all before
But you never really had a doubt
I don't believe that anybody feels
The way I do about you now

And all the roads we have to walk are winding
And all the lights that lead us there are blinding
There are many things that I would
Like to say to you
But I don't know how

Because maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall

Today was gonna be the day
But they'll never throw it back to you
By now you should've somehow
Realized what you're not to do
I don't believe that anybody
Feels the way I do
About you now

And all the roads that lead you there were winding
And all the lights that light the way are blinding
There are many things that I would like to say to you But I don't know how

I said maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall

I said maybe
You're gonna be the one that saves me

 And after all
You're my wonderwall

I said maybe
You're gonna be the one that saves me
You're gonna be the one that saves me
You're gonna be the one that saves me
 
 
Oasis | Wonderwall
 
Letras que dariam um livro ;)
 

Um Grande Salto (Nick Hornby)

domingo, 26 de outubro de 2014


Suicídio (fr. e ing. suicide). Classicamente, o suicídio é o homicídio de si mesmo. E, Durkheim, em 1897, chama suicídio a qualquer caso de morte que resulte de um ato executado pela própria vítima e que ela sabia dever produzir este resultado. (Doron, R. & Parot., F. 2001) Dicionário de Psicologia
 
O que leva uma pessoa a tornar-se assassina de si mesma é uma das grandes dúvidas existenciais. É também um dos pensamentos mais recorrentes. Um dos poderes em mãos virtuoso mas tão definitivo que nos deixa naquele limbo que a muitos entretém num debate que vai entre a coragem e cobardia.
Quanto a isso, não consigo definir uma ideia concreta. Há coragem. Há cobardia. Há uma mistura doce e azeda num ato estranho, grandioso, pequenino, de atirares contigo a um abismo de neve e derreteres por ali abaixo, levando contigo um desfecho, agora, certo.
Não sei. Mas sei de uma coisa. Sei, com certeza, o que poderá levar a esse "homicídio". A esse desfecho incerto, não programado.
Nick Hornby tem uma escrita fantástica, que anda entre um vai e vem de cómico, de sarcástico e sensível, não me deixando escapatória possível a relembrar Augusten Burroughs, igualmente espetacular nessa vertente.
No dia da Passagem de Ano, Martin decide pôr termo à vida saltando do telhado de um prédio, famoso pelo número de suicídios que ali ocorre. Tão famoso que surge Maureen para fazer o mesmo. Seguindo-se Jess. E JJ. Todos no mesmo momento. Quatro pessoas que se encontram no topo de um telhado para pôr termo à vida.
E é assim, numa revelação íntima ausente de palavras, pois os atos bastaram, que nasce uma curiosa amizade, um pacto duvidoso, que acaba por conduzir a vida destas quatro peculiares pessoas.
Pessoas que poderiam ser qualquer um de nós.
 
 
 
Adaptado ao cinema, «A Long Way Down» mostra a jornada dessas quatro pessoas que depois de se unirem, mostram um pouco mais dos motivos desse ansiado "homicídio" que não chega a ocorrer.
Se uns desejam a fama, o estrelato, outros precisam de um pouco da paz restabelecida e do fim da humilhação justificada por atos impensados.
E depois há o grande "gatilho" atado em todos os motivos: o amor ou a falta dele.
Um alguém que te salve.
 
Há sempre alguém. «O Quarteto do Telhado» acabou por perceber isso de uma forma verdadeiramente tocante.
 
Um livro muito interessante pelo tema, pela abordagem, pela sensibilidade escondida e pela forma como vem ao de cima. Muito bom.
O filme vale muito a pena. Recomendo tudo.
 
 
Because maybe
You're gonna be the one that saves me

 And after all
You're my Wonderwall


Ava Adore

domingo, 19 de outubro de 2014

 
 
Só-porque-sim.
 
 

It’s you that I adore
You will always be my whore
You’ll be a mother to my child
And a child to my heart
We must never be apart
We must never be apart

Lovely girl
You’re the beauty in my world
Without you there aren’t reasons left to find

And I’ll pull your crooked teeth
You’ll be perfect just like me
You’ll be a lover in my bed
And a gun to my head
We must never be apart
We must never be apart

Lovely girl
You’re the murder in my world
Dressing coffins for the souls I’ve left to die
Drinking mercury
To the mystery of all that you should ever leave behind
In time

In you I see dirty
In you I count stars
In you I feel so pretty
In you I taste god
In you I feel so hungry
In you I crash cars
We must never be apart

Drinking mercury
To the mystery of all that you should ever seek to find
Lovely girl
You’re the murder in my world
Dressing coffins for the souls I’ve left behind
In time
We must never be apart

And you’ll always be my whore
Cause you’re the one that I adore
And I’ll pull your crooked teeth
You’ll be perfect just like me
In you I feel so dirty in you I crash cars
In you I feel so pretty in you I taste god
We must never be apart
 
(Billy Corgan)


Citação

sábado, 11 de outubro de 2014

 
 
 
 




Citação

terça-feira, 7 de outubro de 2014

 
 
 
"Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve."
(Jorge Borges)

Stoner (John Williams)

domingo, 5 de outubro de 2014

 

Este livro carrega em si mesmo uma história ainda antes de ser aberto.
 
Foi publicado em 1965 e caiu no esquecimento - tal como o seu autor, John Williams, também ele um obscuro professor universitário. Passados quase 50 anos, porém, o mesmo cego amor à literatura, que movia a personagem principal, levou a que a escritora francesa Anna Gavalda traduzisse o livro perdido. (...) escolheram Stoner como melhor livro do ano.
 
Uma realidade que só comprova que um livro vive para sempre e que, na vida, tudo tem o seu momento certo. Ao que parece, o momento de William Stoner era agora e ainda bem que o leitor teve a oportunidade de o conhecer dado que estamos, efetivamente, perante um livro de tamanha sensibilidade, cuja solidão da personagem principal se torna incapaz de não tocar o mais destemido.
 
«Stoner» é o nome do jovem que se torna professor assistente universitário depois de concluída a sua licenciatura em Letras da Universidade do Missouri.
Inicialmente, criado numa quinta com uns pais apagados como a própria terra que trabalhavam, estes, decidem encaminhar Stoner para a universidade, para a Escola Agrária, a fim de se tornar mais capaz, futuramente, de assumir os seus passos começados.
Stoner assim faz, inicialmente. Mas um dia, confrontado por um estranho professor, de caráter forte, sente-se impelido por uma força inexplicável ao estudo da literatura, que mal compreende e que puxa por si a cada página que folheia.
 
Levado pela corrente, desiste de tudo o que ali o trouxe, deslizando pelos estudos e conhecendo, agora, um conforto calmo e seguro que a literatura, aos poucos, lhe começava a garantir na solidão e quietude do seu pequeno quarto.
Iniciava-se assim uma nova descoberta para Stoner que, gradualmente, se tornava conhecedor exímio da sua nova área de tudo.
Paralelamente, os anos de licenciatura reclamavam o seu fim e com ele, o confronto doloroso de uma notícia que os pobres pais não esperavam encontrar.
 
Adeus quintas. Adeus vidas planeadas. E um olá a uma vida nova rodeada de livros, de uma literatura desejada e desconhecida até então. E depois, o amor. Veio de repente, sem avisar, e desesperado tentou encontrar, sem jeito, formas de o verbalizar e tornar real. Edith tornou-se sua esposa, mas torna-se rapidamente a mulher cinzenta que perpetua toda a vida de Stoner. Uma mulher refinada, de famílias ricas, com outros planos, vê em Stoner a razão de ser da sua vida miserável e o obstáculo certo de jamais conhecer o mundo como desejou, entre tantos outros sonhos concebidos a uma luz ténue.
O amor que Stoner lhe guardava não poderia, jamais, sobreviver sozinho. O desejo pelo seu corpo, unilateral, acabou por se extinguir após a gravidez de Edith e o nascimento de Grace. O novo amor de Stoner, que cuidou da filha nos primeiros anos da sua vida, enquanto Edith semeava novos ódios de estimação ao marido, entre doenças imaginárias e isolamentos obsessivos.
 
A vida de Stoner é assim marcada por situações de desamparo, quer na família como nas amizades, pautadas por poucos amigos, estes, assinalados em meras marcas de água. Sem relações profundas, onde se não fala realmente o que se quer falar.
Os anos vão passando e as questões urgentes começam a surgir em si mesmo. Até onde a vida o está a levar realmente. O que esperava ele, realmente?
 
O livro assenta, assim, na urgência que a literatura e o emprego assumem na vida deste homem peculiar e absurdamente solitário. É a ética que o define, a ponto de semear inimizades e apontar de dedos, que não o afligem nem tão pouco o fazem mudar opiniões, sempre firme e consciente da necessidade de se manter fiel à arte do ensino, do ser professor. Da literatura. Mas o tempo continua a passar e percebe-se uma mudança em Stoner, um abatimento inexplicável que o arrasta pelos corredores da Universidade. Algo mudou e essa mudança é igualmente justificada pela ausência da ética por si defendida, pelo seu amor ao ensino, e por políticas universitárias vingativas.
 
Nesse trajeto nebuloso, Stoner conhece Katherine. O amor que deveria definir a sua relação com Edith, é antes vivida nesse amor fresco, sem entraves, como o amor verdadeiro é. Sem entraves, porque acontece e flui, assim. E pronto.
Esta passagem é uma das mais belas do livro, de uma enorme sensibilidade, mostrando o que de melhor Stoner amealhou ao longo dos seus dias: «Tal como todos os amantes, falavam muito sobre si próprios, como se pudessem assim compreender o mundo que os tornava possíveis».
 
Acredito que é esta a essência do livro, sobretudo, esta: a procura da felicidade, do amor, e da nossa marca na vida. O que esperamos nós da vida? O que esperavas tu, Stoner?
No fim restou o mais importante. Restou o livro.
"Os dedos perderam as forças e o livro que eles seguravam deslizou devagar, e depois mais depressa, sobre o corpo imóvel, e caiu no silêncio do quarto." (p.256)
 
 
 
Mais do que recomendado. Boas leituras.
 
 
Ao som de: Sam Smith "Stay With Me"

Citação

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

 
 
 
 




Só-porque-sim

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

 
 
 
:)

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