Citação

terça-feira, 25 de dezembro de 2012









"Eu caminho vivo no meu sonho estrelado."
 
Victor Hugo
 
 
 
Ao som de: "Paradise" (Coldplay)

Viagens no Scriptorium (Paul Auster)

domingo, 16 de dezembro de 2012

Se pudesse escolher, muito provavelmente cederia. Cederia por ti. Cederia em me tornar nessa boneca fabricada numa loja onde explodem tantas quanto eu e, nas tuas mãos, sou a história feita por ti. Sim, se pudesse escolher, seria esse ser sem alma. Sim, seria. Pois não daria qualquer trabalho, não exigiria nada que não fosse receber esse teu amor ganancioso, levado pela raiva que um dia plantei na tua, outrora, alma genuína.
Tudo isto não passa de um jogo de trocas. De um "toma lá, dá cá". De uma série de perguntas e respostas, de caminhos, de partidas e chegadas a quem dá e a quem não dá. E a resposta, severa, sobretudo, a quem não deu e por isso, cedeu a perder a alma para sempre.
Aqui neste quarto, não sou mais do que a obra por ti criada, na consequência daquilo em que te tornei.
E neste jogo, nesta crueldade de dados, por muito alto que se atirem, ninguém sai vencedor.
 
 
Ao som de: ... um magnífico silêncio.

Chama Devoradora (John Steinbeck)

domingo, 2 de dezembro de 2012

Até onde poderá ir a aceitação de uma mentira?
Poderemos nós aceitar uma mentira por livre vontade? Por vontade do coração? Sim? Pelo coração? Por esse aí que dizem ser o sentimento mais corajoso, o amor, que leva e traz tempestades, que aterroriza, que suaviza, que amendronta, mas protege. Sabe-se lá que mais! Mas que tudo faz... por algo. Sim?
Que tudo faz.
A aceitação de uma mentira, cortante, dilacerante, mas tudo faz. Essa chama devoradora tudo faz e tudo transforma.
Perspectivas. Meras perspectivas. Porque tudo faz. Sim?
Até onde poderá ir a aceitação de uma mentira?
Até onde ele quiser. Até onde ele suportar.
 
 
 
 
 
Voltei ao meu amor literário. Ao meu autor de eleição e, sem surpresa, recomendo com ambas as mãos. Um livro pequeno, capaz de semear as mais profundas dúvidas no espírito.
Quem nunca leu Steinbeck, não pode dormir sossegado.
 
Ao som de: Michael Nyman


O Fruto Proibido (Rita Mae Brown)

sábado, 1 de dezembro de 2012

 

A essência que se pode retirar deste livro resume-se a uma das palavras que mais estimo: liberdade. Uma palavra que soa a notas de piano. Ora suaves. Ora fortes. Ora tranquilas. Ao sabor de quem as move na ponta dos dedos.
Há em Molly um desespero em tornar a vida mais aberta, menos egoísta e mesquinha. E há quem diga, ou diria, que Molly não passará de uma infeliz adolescente sonhadora.
Mas ela continou por essa estrada fora, convicta das suas escolhas, das suas orientações, sejam elas sexuais, sejam elas formadas meramente por um coração tenro... de quem se apaixonou pela vida na sua forma mais bela: sem preconceitos e sem medos.
 
Um livro que retrata fundamentalmente o preconceito relacionado com a orientação sexual. Na minha opinião, a personagem de Molly encerra em si temas ainda mais profundos. Uma busca em torno de si mesma. Sem medo das portas vizinhas.
 
Um livro lido num acaso. Um livro que agora recomendo.
 
 
Ao som de: We All Complete (Rachel Portman)
 
CopyRight © | Theme Designed By Hello Manhattan